quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Primeira proposta de roteiro

ROTEIRO – CALDEIRÃO
PRIMEIRO QUADRO:
Romeiros e retirantes, desvalidos, chegam à cidade Juazeiro, a “a terra da mãe de Deus”. Cantam ladainhas, benditos, rezam, cumprem penitências e clamam pelo auxílio do Pr. Cícero. Trazem consigo trouxas, crianças, uns animais e outros tantos de nada. No meio deles está o jovem José Lourenço, vindo de Alagoas ou da Paraíba, em busca dos seus pais. O ano: 1890.
SEGUNDO QUADRO:
Sítio Baixa Dantas: dois mil homens e mulheres empenhados em diversas funções como o manejo da terra, plantas e animais, preparo dos alimentos, rezas, limpezas, etc. José Lourenço à frente dos trabalhos, beato já tornado. Nesse quadro surge o Boi Mansinho e podemos contemplar como as pessoas passam a se relacionar com o bicho.
TERCEIRO QUADRO:
Uma espécie de tribunal no qual Zé Lourenço é acusado de estimular o culto ao boi Mansinho e de fanatismo pelo deputado Floro Bartolomeu. Nesse quadro já podemos perceber o incômodo causado pelo beato nos membros da igreja e da política local.
QUARTO QUADRO:
Despedida de Zé Lourenço e Pr. Cícero. A ida para o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto: ida dos romeiros para o novo pedaço de terra. Chegada ao Caldeirão: um lugar seco, pedregoso, quente, quase desértico.
QUINTO QUADRO:
A fé jorra e a vida brota em abundância no Caldeirão: “nada é de ninguém, tudo é de todos”. Partilha do trabalho, das obrigações, dos alimentos. Cada pessoa empenhada pelo todo. Zé Lourenço, o penitente, carrega a sua Santa Cruz.
SEXTO QUADRO:
Severino Tavares em pregação pelo nordeste afora. Homens e mulheres, dos mais desvalidos aos mais ostentosos, escutam com atenção o beato falar das beneficies e prodígios ocorridos no Caldeirão da Santa Cruz do Deserto. Há também nesse quadro pessoas explicitamente incomodadas com o conteúdo do discurso de Severino. São elas que possivelmente questionariam Tavares se não o seu discurso não se trata de comunismo e a tentativa de implantar esse sistema no Brasil.
SÉTIMO QUADRO:
Morte do Padre Cícero.

OITAVO QUADRO:
União da igreja, militares, políticos e a oligarquia do Cariri para dar fim ao Caldeirão da Santa Cruz do Deserto.

NONO QUADRO:
Militares invadem o Caldeirão. A comunidade é posta em chamas. Fuga do Beato. Massacre dos resistentes. Emboscada para José Bezerra, que termina morto.

DÉCIMO QUADRO:
Bombardeio das terras do Caldeirão. Grupos de resistentes são apreendidos e humilhados. Imprensa local vangloria os feitos dos militares. A oligarquia comemora. José Bezerra é homenageado com o título de capitão.

DÉCIMO PRIMEIRO QUADRO:
Recomeçar no sítio União.

DÉCIMO SEGUNDO QUADRO:

Morte do Beato José Lourenço. Cortejo com seu corpo até Juazeiro do Norte.  

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